sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A Mulher e Seu Corpo




O corpo da mulher é um monumento à estética, á beleza e aos bons costumes. Começando pela cabeça que é o promontório da razão, do bom senso e do esmero em tudo o que produz. O corpo da mulher carrega o milagre da vida; carrega o primeiro alimento, assim como o primeiro carinho e o amor materno. O maior de todos.

O corpo da mulher é um dilúvio de paixões, o grande caminho da esperança dos homens inebriados com o canto da cotovia. O corpo da mulher é o cume do Everest para quem quer se encontrar com Deus. É a sublimação da cobiça da fortuna material, promovendo o abraço com os elevados anseios de uma alma pura, aberta para o amor.

O corpo da mulher se compadece, solidariza-se, enternece, embriaga, navega com o companheiro as corredeiras de águas turvas nos rios sinuosos da vida. É a mão amiga, o conselho apropriado, a elevação do ser – homem – É a seda que acaricia a nossa pele, a mão que carinhosamente assanha nossos cabelos, distribuindo consolo. Do solo emana como águas vaporosas, emprestando saúde aos enfermos, consolo aos desiludidos e humor aos sorumbáticos.

O corpo da mulher com suas ondulações externas, seus escaninhos profundos e misteriosos, guarda a vida na sua manifestação mais pura. É a volúpia mais terna que se possa auferir, conferindo à continuidade da vida, o sentido de exclusividade e paixão.

Ele esparge a fragrância secular dos anseios nobres, cobrindo com o véu da tolerância o ardor dos corações sôfregos, na busca eterna do prazer carnal. Como os Pilares de Hercules no Rochedo de Gibraltar, suas pernas bem conformadas, propiciam seu caminhar sobre a face da terra, disseminando meiguice, colo e sabedoria.

No regaço da mulher amada o homem descansa suas duvidas, frustrações e decepções. Com a poção mágica de seu conhecimento milenar, assim como os alquimistas transformavam chumbo em ouro, a mulher converte abatimento em vitorias; sabe fazer o homem, novamente, levantar o queixo para seguir em frente na batalha diária, própria dos vencedores. Sem elas seriamos a metade de nós. A vida não teria encantamento, a pomba não arrulhava, o “uirapuru” quedaria mudo e a coruja não piava. Pobres de nós, simples mortais, perdidos estaríamos sem aspiração de continuar olhando o sol brindar a vida. Ve-lo-iamos sempre coberto de tempestades obscuras e nefastas.

A mulher e seu corpo, o “DOM DE DEUS” – a graça e força da vida, nossa locomotiva, que seja “E T E R N A“.

Anchieta Antunes, reside em Gravatá é Escritor e membro da Academia de Letras Artes e Ofícios Municipais de Pernambuco. (Alaompe)

Blog: http://anchietaantunes.blogspot.com

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